Doença Mão-Pé-Boca: O Que É, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

O que é a Doença Mão-Pé-Boca?

A doença mão-pé-boca é uma infecção viral comum, que afeta principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, mas também pode ocorrer em adultos. É causada, na maioria das vezes, pelo vírus Coxsackie A16, pertencente à família dos enterovírus.

O nome da doença vem das áreas do corpo onde aparecem as lesões mais características: nas mãos, pés e dentro da boca. Apesar de assustar muitos pais, geralmente é uma doença benigna e autolimitada, ou seja, melhora sozinha em poucos dias.



Criança pequena sentada em um ambiente doméstico, com bolhas visíveis nas palmas das mãos e plantas dos pés, sintomas típicos da doença mão-pé-boca.

Como a doença é transmitida?

A transmissão acontece de forma muito fácil, principalmente em ambientes como creches, escolas ou locais com aglomeração de crianças. Os principais modos de contágio são:

  • Contato direto com saliva, secreções nasais, fezes ou bolhas;
  • Gotículas expelidas pela tosse ou espirro;
  • Objetos contaminados (brinquedos, toalhas, copos etc).

Por isso, o cuidado com a higiene é essencial para evitar surtos.


Sintomas da Doença Mão-Pé-Boca

Os sintomas costumam aparecer de 3 a 6 dias após o contágio. Os sinais mais comuns incluem:

  • Febre (geralmente baixa a moderada, no início da infecção);
  • Irritabilidade e mal-estar geral;
  • Aparecimento de bolhas ou feridas dolorosas dentro da boca (gengivas, língua, bochechas);
  • Lesões vermelhas e pequenas bolhas nas palmas das mãos, plantas dos pés e, às vezes, na área das nádegas;
  • Dificuldade para comer e beber por causa da dor na boca;
  • Em alguns casos, também pode haver vômito ou diarreia leve.

As lesões não costumam coçar, mas podem ser dolorosas e causar desconforto, principalmente na alimentação.


Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado na observação dos sintomas e exame físico feito pelo pediatra. O médico identifica os sinais típicos da doença — febre, feridas na boca e erupções nas mãos e pés — e avalia o histórico recente de contato com outras crianças doentes.

Exames laboratoriais geralmente não são necessários, mas podem ser solicitados em casos atípicos, graves ou quando há dúvidas sobre outras doenças.


Tratamento da Doença Mão-Pé-Boca

Não há um tratamento específico contra o vírus. O foco é aliviar os sintomas e garantir que a criança se mantenha hidratada e confortável. As medidas mais comuns incluem:

  • Uso de analgésicos e antitérmicos (como paracetamol ou ibuprofeno) para controlar a febre e a dor;
  • Alimentação leve e fria, como iogurtes, sucos e sorvetes, que ajudam a reduzir o incômodo das feridas bucais;
  • Evitar alimentos ácidos, salgados ou quentes, que podem irritar ainda mais a boca;
  • Incentivar a ingestão de líquidos para evitar desidratação;
  • Repouso em casa até que os sintomas desapareçam.

Em geral, a criança melhora em 7 a 10 dias. A maioria dos casos não exige internação.


Quando procurar um médico com urgência?

Embora seja uma infecção geralmente leve, é importante ficar atento a sinais de alerta, como:

  • Dificuldade intensa para ingerir líquidos;
  • Letargia (sonolência excessiva);
  • Sinais de desidratação (boca seca, olhos fundos, diminuição do xixi);
  • Febre que persiste por mais de 3 dias;
  • Agravamento das lesões cutâneas.

Nesses casos, o acompanhamento médico imediato é fundamental.


A doença mão-pé-boca pode deixar sequelas?

Na maioria das vezes, não deixa sequelas. Em alguns casos, após a fase aguda, pode haver descamação da pele nas mãos e nos pés ou queda temporária das unhas, mas sem maiores complicações.


Como prevenir?

A melhor forma de prevenção é manter bons hábitos de higiene:

  • Lavar bem as mãos, principalmente após trocar fraldas;
  • Limpar brinquedos e superfícies com frequência;
  • Evitar o contato com outras crianças durante o período de transmissão (isolamento domiciliar por 7 dias, em média).


Considerações Finais

A doença mão-pé-boca, embora cause desconforto, é geralmente leve e passageira. Com os devidos cuidados, a recuperação é rápida e sem complicações. Pais e cuidadores devem manter a atenção aos sintomas, seguir as orientações médicas e garantir um ambiente limpo e seguro para as crianças.

Importante: Em caso de dúvidas ou sintomas persistentes, consulte sempre um pediatra de confiança. O diagnóstico e acompanhamento profissional são essenciais para a saúde e o bem-estar infantil.

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